quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Desvario colossal

Costumo escrever no Tirem-me daqui!
E a partir de agora, agradecendo o convite do PT, vou passar a deixar por aqui algumas opiniões.
O meu tema do dia é o desvario colossal que por cá grassa desde há uns largos anos, e que nos levou, colectivamente, a gastar a rodos em bens supérfluos, esquecendo completamente que os empréstimos teriam de ser pagos.
Os credores, que nos assediaram forte e feio para nos obrigarem a gastar, são responsáveis maiores, e os "espertos" que fizeram as suas fortunas aproveitando o descontrolo, criando esquemas como o BPN ou o BPP, ou as empresas do estado socialista paralelo, as empresas de construção civil, as gestoras da saúde, as novas oportunidades que nunca o foram, as empresas municipais, as empresas de transportes completamente falidas, as SCUT, o TGV, o Aeroporto de Lisboa, a Parque Escolar, a terceira auto-estrada Porto-Lisboa (eles dizem Lisboa-Porto), todos são culpados.
Ficamos com um buraco de dezenas de milhares de milhões de euros, e uma enorme impossibilidade de chegar ao crédito indispensável para vivermos e crescermos e um dia pagarmos de volta as dívidas que contraímos, sem darmos provas de que saberemos gerir a nossa vida com um mínimo de juízo.
O primeiro passo é obviamente tão depressa quanto possível deixarmos de gastar mais do que temos - impostos e cortes - e depois aproveitarmos alguma renegociação dos encargos da dívida para termos alguma folga no fim de cada ano para reduzirmos, ainda que só simbolicamente, a dívida.
E começarmos a crescer, claro! Nas áreas em que podemos ser competitivos - turismo, saúde, calçado, tecnologias da informação - e ajudando selectivamente aqueles que querem criar empresas para exportar.
Esta chuva de pessimismo que os nossos órgãos de informação estão a  despejar sobre nós é um mau serviço e não ajuda nada.
Não podemos ser todos mais optimistas e mais construtivos?

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