terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Política e Comunicação Social

"Política de Escândalo" tem-se traduzido no método de comunicação política adoptado pelos Media e pelas organizações políticas. Este método de comunicação caracteriza-se, fundamentalmente, pela descredibilização constante dos oponentes políticos, como meio para atingir resultados na esfera política, nomeadamente em resultados eleitorais.

Este método acarreta dois tipos de consequências negativas em todo o processo subjacente ao funcionamento da democracia pluralista. Por um lado, o enfraquecimento da credibilidade dos oponentes políticos, que automaticamente descredibiliza as próprias organizações políticas. Esta descredibilização constante conduz os cidadãos a exercerem o seu direito de voto de uma maneira perversa: em vez de votarem no "melhor" candidato, votam no "menos mau". Por outro lado, põe em causa a legitimidade democrática do regime pois, os cidadãos não tendem a diferenciar os políticos pelas suas ideologias e convicções políticas, mas sim pelas suas acções negativas, o que promove da sociedade uma opinião negativa generalizada a toda a classe política.

Apesar deste novo conceito no seio da comunicação política, toda a descredibilização que se aponta às elites políticas não pode ser apontada exclusivamente designadas "Políticas de Escàndalo". Este modo de comunicação política surgiu quando se verificou uma correlação positiva entre este modo de comunicação, por um lado, bons resultados em processos eleitorais, e, por outro, um grau mais elevado da eficácia na comunicação política, traduzindo se em melhores resultados no mercado dos Media

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